Olá, querido leitor!
Começo um tempo na minha publicação com um novo formato, pretendo escrever as reflexões que surgem das minhas leituras de forma mais coloquial e próxima, até mesmo para abrir espaço para colocações que serão super bem-vindas nos comentários deste post.
Quero escrever como aquele tipo de conversa de interior (que eu nunca vivi, mas sempre gostei do conceito) em que senhorinhas se unem na calçada pra falar da vida.
Mesmo que eu não seja uma senhorinha e que não tenha nenhuma calçada à vista para nos reunirmos, contentamo-nos com a internet.
Tenho refletido nos últimos meses sobre o papel da arte na nossa vida, já que eu e o Caio estamos escolhendo os quadros que vão fazer parte da decoração da nossa casa.
Como é bom analisar cada recanto do nosso lar e perscrutar o que a beleza de cada obra fala ao nosso coração e que por isso queremos tê-las para trazer sentido àquele ambiente.
Recentemente também eu tive a oportunidade o livro de Leon Tolstói intitulado O que é arte?, essa reflexão da importância da arte se tornou ainda mais latente.
Ao falar de literatura, que é um forma de arte, sempre acabo pensando muito acerca do seguinte: Ela imita a vida ou a vida a imita? Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Me explico:
Sabemos que a grande maioria, eu diria, das obras artísticas provieram de realidades próprias do seu tempo, cujas características são impressas em pinturas, esculturas, poesia e arquitetura.
Porém, existiram certas realidades artísticas que foram implantadas em um tempo e diante de um povo, mas que não representavam os anseios do coração deste.
Meu objetivo aqui não é trazer uma solução à “evolução da arte” (ou involução, eu diria, sem medo de ser injusta) ao longo dos anos, mas apenas uma reflexão de uma mera entusiasta da temática.
Porque será que as obras arquitetônicas foram ficando cada vez mais feias e “úteis” relegando a beleza - que é um anseio próprio do coração humano? Certamente nenhum de nós desejou por isso, mas ainda assim aconteceu. Nesse caso, a arte não imitou a vida, mas impôs um novo tipo de vivência, eu diria.
O coração humano anseia pelo que é belo e negar isso deveria ser considerado desumano!
Você não acha? O que você prefere, contemplar a Vocação de São Mateus de Caravaggio buscando o sentido de todos os elementos que o compõe ou olhar pro mictório de Marcel Duchamp? Deixo as duas obras abaixo para comparação:
Dessa maneira, eu acredito que a arte só imita a vida se trouxer à tona os desejos e anseios mais latentes do coração humano. Olhar um mictório ou uma banana pregada na parede não o são, o que você acha?
Ah, só a título de informação, a capa dessa carta foi a obra que escolhemos para compor a decoração do nosso quarto. É uma pintura belíssima que retrata a simples profundidade de uma vida familiar cheia de sentido. Eu desejo que essa obra imite a nossa vida - sem dúvidas - e por isso a escolhemos para compor parte importante do nosso lar.
Gostou dessa pintura? Me fala aqui nos comentários o que você achou da minha breve reflexão sobre a importância da arte nas nossas vidas!
Até semana que vem e espero que tenhas tido um maravilhoso Primeiro Domingo do Advento! Vem, Senhor Jesus!
Parabéns pelo texto.
São reflexões extremamente importantes para os dias atuais.